No final de outubro, a televisão completou 50 anos no Paraná. Com isso, lembrei-me do documentário que fiz como projeto de conclusão de curso em 2005. Um momento no qual o telejornalismo paranaense estava com uma produção mínima e parte dos horários locais estava tomada por programação terceirizada, de gosto duvidoso.

Hoje, a situação é diferente. Todas as emissoras de televisão da capital paranaense exibem telejornais no início da manhã e no horário de almoço. Algumas, também exibem telejornais à noite e produções especiais nos finais de semana.

Parece que as palavras da jornalista Maria Flores, no final do documentário, ecoaram nas direções das emissoras de televisão. “É uma pena que os outros donos de televisão não tenham percebido ainda que a credibilidade da sua televisão vem através do jornalismo. E o jornalismo puxa o restante”.

E, em parte, isso se fez verdade nos últimos cinco anos. O jornalismo pode não te garantir lucro, muito menos lucro imediato. Mas o bom jornalismo, de qualidade, lhe garante credibilidade e anunciantes para os outros produtos. A boa imagem de uma emissora de televisão perante o seu público depende de seus produtos jornalísticos.

O que parecia que estava piorando ano a ano melhorou. Como disse Cláudia Vicentim: “Não tem mais como a gente deixar de produzir. O caminho é esse agora, é só crescer”. Felizmente isso aconteceu. Quem sabe já seja hora de um novo capítulo do Fora do Ar. Agora com o subtítulo: O telejornalismo paranaense na primeira década do século XXI.