Tem editora por aí que quer parecer profissional, mas não passa de um rascunho de amadorismo. A prova mais recente é a finada-ressuscitada Editora Conrad.
Pioneira dos mangás no Brasil no início dos anos 2000, a editora ficou amplamente conhecida com séries como Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco. Mas o sucesso a fez avançar com sede ao pote. Fez alguns lançamentos de qualidade duvidosa e viu o seu quase monopólio inicial ser erodido pela JBC e Panini.
Foi então que começaram os atrasos das publicações, um desrespeito com quem fazia a editora sobreviver, o público leitor. Esse é um problema crítico de várias editoras. Atrasam obras, fazem traduções ruins e lançam mangás que se desfazem após a leitura. É o supra-sumo do amodorismo, pois desrespeitar o leitor é comprar seu próprio caixão. Uma editora só sobrevive graças ao seu leitor, seu maior bem.
Como praga de otaku pega, a Conrad foi para o buraco. Foi comprada e agora a nova Conrad, conforme divulgou o site AnimePró, anunciou que vai descontinuar 11 títulos. O que isso significa? É bom a editora desistir de publicar mangás e quadrinhos, pois, com isso, quebrou qualquer resquício de confiança que algum leitor desavisado ainda poderia alimentar.
O mercado de mangás no Brasil ficou sério, e somente os profissionais sobreviverão. Não há mais espaço para o amadorismo. Assim como a Conrad, outras editoras que acreditaram que poderiam brincar nesse meio entraram para o mundo do esquecimento. A Conrad já faz parte da história… foi uma grande editora. Descançe em paz!
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