Não há nada que me faça sentir mais em paz que olhar pela janela. O longo gramado verde parece um tapete aconchegante que convida a um confortável passeio com os pés descalços. A pele da sola do pé a tocar a grama é como uma injeção revigorante da mãe-natureza. Pequenos arbustos que povoam o jardim parecem algodões doces. Minha vontade é me jogar neles como se fossem nuvens e rolar pelo chão como se aquelas espessas e fofas nuvens mais alvas que o mais branco estivessem a me abraçar. Há algumas árvores, em quantidade menor que os arbustos. Todas fortes, robustas, com grandes galhos, que mostram toda sua força ao se estender e se esticar como se fossem garotos nas pontas dos pés tentando alcançar a fruta mais deliciosa do pomar. Nessas árvores os passarinhos cantam como se a felicidade suprema estivesse reinando dentro deles. O gorjeio das aves é como uma serenata de gratidão à vida revigorada que o jardim lhes dá. Continuar lendo “O melhor é não lembrar que não se lembra?”
Eu estava embalado no leve balançar do ônibus. O barulho do motor, que antes era um estranho ao céu azul e à leve brisa tépida, agora se fundia sorrateiramente à paisagem e enganava até a mente, como se o silêncio da leitura não fosse silêncio sem aquele barulho. As páginas brancas do livro, que ganhavam um leve tom do espectro solar, eram as emissárias dos tipos que alegravam os meus olhos. Uma letra após a outra, uma palavra após a outra, uma frase após a outra e uma história que brotava na mente. Uma página após a outra e a história ganhava um galopar cada vez mais rápido, com novas e novas conexões que já tentavam antever o que estava por acontecer nas próximas páginas. Continuar lendo “O banco e o braço a torcer”
Desde criança, a televisão sempre me fascinou. O especial de 30 anos da Rede Manchete me deu a possibilidade de testar o que aprendi até hoje nos softwares de imagens. Continuar lendo “Meu presente para a Rede Manchete”
Foi a emissora de televisão da minha infância. Com certeza acumulei muitas horas assistindo a Rede Manchete. Foi na tela dela que eu tive contato, pela primeira vez, com as séries de heróis e os desenhos japoneses. Também foi assistindo diariamente o Jornal da Manchete – apresentado na época pela Márcia Peltier – que decidi ser jornalista. Continuar lendo “Rede Manchete de Televisão – 30 anos”
Durante muito tempo fui fã do trabalho do Hans Donner, o mago por trás do visual da Rede Globo de Televisão. Ultimamente a Bandeirantes e a Record têm feito mais bonito que a Globo. Continuar lendo “O novo globo da Globo”
Educação
Passei um mês no Japão. As 11 colunas que publiquei aqui na Tribuna, esta é a décima segunda, me fizeram refletir sobre tudo o que vivi do outro lado do mundo. A conclusão a que chego pode ser expressa com uma única palavra: educação. Continuar lendo “Do outro lado do mundo – Parte Final”
Organização
Ao colocar os pés no Japão, a extrema limpeza das ruas chamou minha atenção. Era outono e nas calçadas se via apenas algumas folhas de árvores. Lá já não é permitido fumar nem na rua. Um paraíso para quem odeia a fumaça incômoda dos cigarros. Em quatro semanas, não vi ninguém fumando na rua. Diferente do Brasil, se há uma lei, o japonês respeita. Continuar lendo “Do outro lado do mundo – Parte XI”