Kyoto
A capital imperial do Japão tem hoje quase a população de Curitiba, em uma área que é o dobro da nossa. E enquanto a capital dos paranaenses está prestes a completar 320 anos, Kyoto já passou dos mil anos.
Fiquei impressionado assim que desembarquei na Estação de Kyoto. O local parece um shopping center de vários andares. Puxei um mapinha do bolso, fui para a saída norte e ao colocar o pé na rua já fiquei em dúvida em qual era o caminho. Decidi seguir uma dica que meus professores tinham dado – e que aqui no Brasil eu nunca seguiria – e perguntei o caminho a um policial. Foi um tiro certeiro – sem fazer trocadilho – e recebi uma explicação exata. Os policiais japoneses são simpáticos e estão sempre dispostos a ajudar. Eles passam uma imagem de confiança e não de intimidação.
No último dia na cidade, fui visitar o parque do Palácio Imperial. Na saída, nos pontos de ônibus ao redor, não encontrei nenhuma linha que fosse para a Estação de Kyoto. Procurei então uma idosa simpática para pedir informação. Ela me olhou com admiração por estar perguntando em japonês e me explicou que o melhor era pegar o metrô. Depois disso eu não consegui entender mais nada do que ela disse. A senhora percebeu minha cara de perdido, disse “vem comigo” e me puxou pelo braço. Andamos meia quadra e ela me deixou na entrada subterrânea para o metrô.
Fui comprar a passagem, mas eu só tinha uma nota de 10 mil ienes – o maior valor emitido no Japão, equivalente a nossa nota de 100 reais. Naquele momento pensei: “me ferrei, onde vou conseguir trocar o dinheiro”. Perguntei para o guarda do local onde poderia trocar a nota e ele me disse que a máquina de passagem troca qualquer valor. O guarda percebeu minha cara de interrogação, colocou uma plaquinha de ‘volto logo’ na cabine dele, me levou até a máquina e mostrou como trocar o dinheiro.
Comentário: Ao passear pelo parque do Palácio Imperial, não me dei conta do tamanho do local. Quando saí e vi no ponto que não havia ônibus para a Estação de Kyoto, decidi voltar para o ponto onde eu tinha desembarcado, do outro lado do parque. Apressei o passo e mais de 17 quadras depois e quase 25 minutos cheguei do outro lado. A sensação foi de que não teria fim.

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