Máquinas
O Japão é a terra das máquinas. Não, não pense que vi robôs gigantes por lá. Mas em muitos locais que aqui no Brasil onde o atendente é uma pessoa, no Japão é uma máquina.
O que mais chama a atenção ao andar pelas ruas de uma cidade japonesa é a quantidade de ‘vend machine’ máquinas que vendem de tudo. E elas ficam na rua mesmo, espalhadas pelas calçadas. Na cidade onde eu fiquei por um mês, a maioria era de chá, suco ou café (em menor quantidade de refrigerante). Mas no Japão também há máquinas de cigarro, arroz, camisinha, sorvete, sushi, gravata, flor, guarda-chuva, livro, verdura, papel higiênico e mais qualquer coisa que seja possível imaginar.
Do aeroporto até a casa onde fiquei hospedado, o táxi foi por uma rodovia. O taxista parou em uma máquina no acesso à estrada e pegou um vale. Após rodar quase vinte minutos, pegou uma alça de saída, colocou o vale na máquina e pagou com o cartão de crédito a quantidade de quilômetros rodados. Tudo com máquinas, sem nenhum ser humano.
A minha pouca familiaridade com tantas máquinas também me fez passar por um sufoco. Na Estação de Kyoto, no balcão de informação, fui orientado a pegar um trem metropolitano para chegar ao destino que eu queria. A minha surpresa no saguão central foi ver uma infinidade de máquinas e nenhum guichê com uma pessoa para que eu pudesse comprar a passagem. Observei como os japoneses faziam, fiquei cara a cara com a máquina e fiz a mesma coisa que os tinha visto fazer. Deu certo! Consegui comprar minha passagem de trem.
Em Kyoto, voltando para o hotel por volta da uma hora da madrugada de um sábado, observei um par de máquinas que ficavam ali perto e pensei: “se fosse no Brasil, estas máquinas cheias de dinheiro e latinhas de refrigerante não iam durar uma madrugada”. Resolvi verificar atrás da máquina se alguma corrente a prendia ao chão. Mas não havia nada. Quem quisesse, poderia levá-la embora.
Comentário: Enquanto as máquinas de refri aqui no Brasil não aceitam notas de valor alto, encontrei algumas máquinas no Japão que aceitavam quase todas as notas. O mais surpreendente foi descobrir que a máquina de ticket do metrô trocava dinheiro, inclusive a nota mais alta.
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