Atendimento
Quem já não reclamou do atendimento em estabelecimentos comerciais do Brasil. Seja o troco errado, o mau humor do atendente ou o despreparo de quem tenta vender um produto que não conhece. Se você alguma vez já reclamou disso, então o Japão é um verdadeiro paraíso.
A terra do sol nascente é cheia de “konbini’ lojas de conveniência. Elas estão por todos os lados, não somente em postos de combustíveis. Diferente do Brasil, a variedade de produtos dessas lojas é grande e não custa o olho da cara. Eu, várias vezes, comprei meu almoço em uma “konbini’ por apenas 200 ienes quase 5 reais, o que no Japão é muito barato. Um almoço para dar uma forrada no estômago em um restaurante não sai por menos de 40 reais.
O que chama a atenção logo de cara ao se entrar em uma “konbini’ é que os funcionários dizem um alto e claro “bem-vindo”. Ao chegar com a cestinha no caixa, o atendente cumprimenta novamente e começa a passar os produtos no leitor de código de barras.
No momento de pagar, não se entrega o dinheiro na mão do atendente. Na frente dele há uma pequena bandeja e é nela que se coloca o dinheiro. Ele pega o dinheiro e diz em voz alta quanto lhe foi dado. Confere se o cliente está prestando atenção e conta o troco em voz alta antes de entregá-lo. Isso para que não reste dúvida de que tudo está correto.
Quando vai colocar o que foi comprado na sacola, o atendente já separa os produtos alimentícios dos de higiene pessoal. E nada de jogar dentro da sacola. Ele abre bem o saco plástico e coloca tudo bem acomodado antes de entregar ao cliente e agradecer por ter comprado na loja.
No supermercado em que comprei, o atendente não colocava os produtos na sacola. O próprio cliente seguia até um balcão para colocar as compras no saco plástico. E um detalhe: ninguém deixa a cestinha jogada em qualquer canto. O próprio cliente a devolve na pilha de cestinhas.
Comentário: Um detalhe que eu gostei muito no Japão é que, nas lojas em que entrei, não veio aquele vendedor chato dizendo “posso ajudar em alguma coisa?”. Para mim, essa frase significa: “caro cliente, estou desesperado para vender e vim te importunar”.

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