Táxi
Você acha o táxi no Brasil caro? Pois então prepare o bolso para pegar um táxi no Japão. Se há um momento em que a palavra “assalto” pode ser bem empregada no Japão, é ao pagar o táxi. O preço da corrida é um verdadeiro “assalto”.
Após quatro voos, que somados deram 24 horas, e 40 horas desde que saí de Curitiba até pousar no aeroporto do meu destino final no oeste do Japão, o que eu queria era chegar rápido à casa da família que me hospedaria. Decidi tomar um táxi.
O primeiro detalhe sobre embarcar em um táxi no Japão eu já sabia. Você não precisa abrir ou fechar a porta do veículo, o motorista tem um botão que faz com que a porta funcione sozinha. Entreguei para o condutor um papel com o endereço e disse a ele que queria ir até aquele local. Ele marcou o destino no GPS e me perguntou se podia ir pela rodovia ao invés de cruzar a cidade. Pela rodovia o tempo gasto até o destino seria reduzido pela metade, mas eu teria que arcar com o pedágio. O que não foi uma fortuna como aqui no Brasil.
A primeira surpresa veio ao chegar à cancela do pedágio. Antes de abrir a janela para fazer o pagamento o motorista disse “abrindo a janela” e antes de fechar disse “fechando a janela”.
A dificuldade de se encontrar endereços no Japão é que muitas ruas não têm nome e as casas não têm números. O motorista parou o táxi em frente a uma residência e pediu para eu aguardar. Ele desceu, entrou na residência, logo voltou e me informou: “Não é essa casa. Vou perguntar nas outras”. Depois de entrar na terceira casa, voltou ao táxi e disse: “É essa aqui. Pode descer”.
Primeiro, fiquei espantado por ele entrar na casa das pessoas sem bater palmas ou tocar a capainha. Segundo, por ninguém achar ruim um estranho entrando de repente na sua casa. E por último, por ninguém trancar a porta de casa quando já eram oito horas da noite.
Comentário: Na hora de pagar a corrida eu me confundi com o dinheiro e o taxista me ajudou a tirar as notas certas da minha carteira. E para encerrar, aí vai o preço da corrida: R$ 250,00.
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