Nada melhor do que a própria criadora para satirizar sua obra. E a Toei Company, criadora dos Super Sentais – os esquadrões coloridos, com robôs gigantes – soube fazer isso muito bem em Hikounin Sentai Akibaranger(非公認戦隊アキバレンジャー).

Com um elenco afiado, roteiro bem costurado, uma excelente direção e todos os clichês que todo tokusentaifã sabe de cor e salteado. Tudo coroado com participações pra lá de especiais, como Kazuo Niibori, o Red Guy. Ele foi o dublê que vestiu a roupa dos heróis vermelhos em 14 sentais, entre 1975 e 1992.


Até o famoso inexistente Saburo Hatte – ou Saburo Yatsude – de uma forma ou de outra dá as caras, além de ser creditado como autor da série. Para quem não sabe, Saburo é o pseudônimo da equipe de produtores da Toei. Praticamente todo sentai é creditado a ele.

Mesmo não sendo um sentai oficial, Akibaranger não pode deixar de dizer as frases que todo sentai diz e fazer os questionamentos que toda criança ao assistir essas séries faz. Abaixo as melhores:

Os heróis se apresentam: “AkibaRed, AkibaBlue e AkibaYellow”. A vilã Malshina diz: “Já chega! Eu posso ver isso olhando pra vocês”.

AkibaRed: “Quando o comandante inimigo de um Super Sentai diz ‘deixo o resto com você’, é o sinal de que o vilão vai perder!” (e sempre é mesmo)

AkibaBlue: “Por que a noite vira  dia?” Akibared: “Filmar à noite dá muito trabalho!” (é a sabedoria econômica da Toei)

Vilão: “Vocês estão muito mais fortes do que antes” AkibaRed: “Quando um companheiro que não estava aparece, isso significa que a batalha vira”.

Vilão: “Vocês não têm como trocar de roupa instantaneamente!” AkibaRed: “A única coisa que nos limita é o que a sala de edição pode fazer!” (e nos anos 80 e 90 limitava bastante)

A pergunta que dez em cada dez sentais faz: “Miserável, quem é você?”

Nada melhor que vilões com o estilo dos anos 80.

O alerta que dez em cada dez vilões de sentais dão: “Aproveitem enquanto podem. Quando nossa invasão começar, todas as risadas vão desaparecer! Aqui começa o show de verdade. Vocês não perdem por esperar!” (é o tipo de discurso que mostra que é o começo do fim dos vilões)