O ano de 2011 começou realmente agitado. Não é sempre que temos certeza estar sendo testemunha da história. E só nesses três primeiros meses vimos a história ser escrita no Egito, estar sendo escrita na Líbia e no Oriente Médio, além do Japão.
Talvez o mais surpreendente seja o Japão. Ao acordar pela manhã, a primeira coisa que faço é ligar o computador e sintonizar no Bom Dia Brasil. Na sexta-feira, dia 11 de março, estranhei os apresentadores estarem conversando ao vivo com um especialista em terremoto sobre um tremor no Japão. Isso é tão comum na terra do sol nascente, que não vale mais que uma pequena nota, pensei eu.
Eis que entram as imagens do tsunami… foram alguns segundos para compreender a tragédia que tinha se abatido sobre o Japão. Sempre gostei da cultura japonesa. E passei a me identificar ainda mais com ela após começar a estudar japonês e praticar kenjutsu.
Algo que tenho visto nos telejornais e lido em reportagens não me surpreende: a calma e ordem daqueles que perderam tudo no desastre. O Japão é o único país no mundo em que esse tipo de cena é possível e vai mostrar novamente, como após a Segunda Guerra Mundial, a força de seu povo na reconstrução do país.
Não há dúvida que o Japão irá superar esse momento difícil e sairá dessa tragédia mais forte. As pessoas mais velhas têm reclamado da apatia dos jovens japoneses de hoje. Ressucitar o espírito do Japão na tragédia pode ser a chama que falta para reconquistar o coração dos jovens para a milenar tradição de seu povo e recolocar o orgulho oriental à frente das frivolidades oferecidas pelo Ocidente.
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